quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ode à felicidade!

Nós românticos, vivemos procurando motivos para sentir emoção porque somos viciados, como que por droga. Desejamos sentir o coração apertado, taquicardia, frio na barriga, nó na garganta. Inventamos amor por onde quer que estejamos. Nos saciamos de procurar completar nossas metades ainda que, no fundo, saibamos que a metade exata sempre estivemos longe de encontrar. Então chega um momento em que aprendemos que a metade nunca será preenchida pelos objetos de dificil encaixe. Um belo dia,como em um passe de mágica eis que ela chega, sorrateira, perfeita. Em um estalido( pleck )encaixa pra sempre. Ela pode ser simétrica, mas também de textura, cor ou consistência diferentes. Mas a alma abraça, se entrelaça em um sopro de Deus e então vem a certeza: Encontrei. Quentinho,que nem colo de mãe, edredon no frio. Com gosto de mãozinha de bebê. O amor da sua vida não precisa ser um príncipe encantado. Precisa ser amor, de sua forma e jeito. Ele não precisa falar a sua língua, nem ter o seu sotaque, mas a comunicação precisa ir além dos 5 sentidos. Tem que ser de cheiro, de pele, de sonhos... Tem que chegar no momento certo e, como diria Milan Kundera e sua insustentável leveza, feito de acasos. Aquele amor que você não esperava e Deus colocou nos teus braços para você segurar com força e nunca mais largar. E que não se fez necessário o menor esforço para que acontecesse, simplesmente aconteceu porque era destino. O ser humano ama a dificuldade, as paixões proibidas, as emoções que tiram o sono. Se liga ao impossível porque se torna mais desejável, quanto mais dificil for. Até o momento em que descobre a paz do riso fácil, do amor saudável, do calor do abraço e do sonho dividido. Nesse momento, sem perceber encontramos o que sempre procuramos na vida e tudo se torna ínfimo diante dele, a palavrinha mágica que insistimos em usar antes mesmo de conhecer o real sentido, o amor.