E rebolava, lentamente, com movimentos suaves e sensuais, lentos, deliciantes e, ligeiramente pélvicos, visualmente favorecidos pela penumbra provocante daquele quarto de carpete vermelho, espelhos no teto e cortinas rendadas, por onde entrava a luz serena da noite azul de lua cheia, lá fora. Ela cheirava à cravo e canela.
Silêncio. Silenciava sempre sobressaltada, a delicada e cheirosa residente da caixinha de madeira,cheia de buracos. Escapava por entre as frestas daquela prisão quente e, aparentemente sufocante,estranhamente embriagada, porém estonteante, sedutora. Sempre sensual.
Ela subia ligeira, em brasa e em seguida empalidecia e se deixava levar preguiçosa, por entre as frestas. Subia e descia, jogava os quadris de um lado para o outro, enovelando-se e perdendo-se nas próprias curvas. Belas curvas...
Simplesmente, então, parecia perder as forças e parar. Ela não conseguia mais se espremer por entre as frestas,e havia perdido um pouco do seu gingado.
Ouviu-se um estalar arranhado,na caixa de fósforos e uma chama se encontrou com mais um incenso de canela.Um ruído agudo se ouviu, proveniente das dobradiças da caixinha velha de incensos se abrindo e, em seguida, fechando-se... E novamente a fumaça, sexy e ardente,começou a rebolar pelo ar.
Por Marilia.
Silêncio. Silenciava sempre sobressaltada, a delicada e cheirosa residente da caixinha de madeira,cheia de buracos. Escapava por entre as frestas daquela prisão quente e, aparentemente sufocante,estranhamente embriagada, porém estonteante, sedutora. Sempre sensual.
Ela subia ligeira, em brasa e em seguida empalidecia e se deixava levar preguiçosa, por entre as frestas. Subia e descia, jogava os quadris de um lado para o outro, enovelando-se e perdendo-se nas próprias curvas. Belas curvas...
Simplesmente, então, parecia perder as forças e parar. Ela não conseguia mais se espremer por entre as frestas,e havia perdido um pouco do seu gingado.
Ouviu-se um estalar arranhado,na caixa de fósforos e uma chama se encontrou com mais um incenso de canela.Um ruído agudo se ouviu, proveniente das dobradiças da caixinha velha de incensos se abrindo e, em seguida, fechando-se... E novamente a fumaça, sexy e ardente,começou a rebolar pelo ar.
Por Marilia.
5 comentários:
Posso falar que esqueci de imediato que o titulo era "fumaça" e comecei a imaginar aquelas dançarinas profissionais na barra vertical, rebolando, seduzindo, com a luz do luar causando a penumbra no ambiente e o incenso rolando pelo ar.
Sé depois me toquei que era a fumaça. Só depois.
Foi só uma olhadinha... Eu juro! Não resisti ao ver o arma-zen.
A fumaça...
Teu blog é tão gostoso! Sim, de ler, reler e ler novamente.
A fumaça com a lua cheia... O cheiro que ela traz... Lindo!
tens um dom com as palavras... a medicina está bem servida!
Oi marilinha,
N sabia desse teu lado escritora. Mt bom te encontrar por aqui ;). Bjinhos e boa sorte com o arma-zen!
muito legal o blog. parabens!
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