Ah, Don Juan vagabundo,
que de olhar tão profundo,
me levou o coração.
E as palavras pouco claras.
Das canções mais raras,
domina o refrão.
Menino vadio, sem escrúpulos,
me deixou em seu mundo
levou todo o meu chão.
E depois, como quem logo esquece,
não que eu me interesse,
anda em outra paixão.
Pequeno, nem todo bonito,
provocou o meu grito,
E na garganta mil nós.
Mas por trás de todo esse teatro,
dois mais dois são quatro,
Estaremos a sós.
Pouco me importam as outras,
Teu molde sou eu e não cabe ninguém.
Na tua fôrma, só cabe meu corpo,
Minhas formas, meu rosto te dizem: amém.
Apesar de você,
amanhã ha de ser:
Eu sorrisos, você solidão.
Como o filho que volta pra casa,
cortarás tua asa
e trarás, coração.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Hold my hand
Aqui estão elas: Minhas mãos cansadas. Pequenas, de unhas roídas e cheias de calos fibrosados, antigos... Quase tão cansadas quando aquele, que mais apanha do que bate, dentro do peito.
Hold my hand! As mãos ferem, os braços dóem de puxar a corda sem parar. É hora de caminhar lado a lado, olho no olho e o romantismo dos atos heróicos que só os aquarianos entendem, ficarem um pouco para trás.
Segure minhas mãos e braços e pés e beijos e abraços. E trato feito.
É hora de não mais olhar pra trás.
Hold my hand! As mãos ferem, os braços dóem de puxar a corda sem parar. É hora de caminhar lado a lado, olho no olho e o romantismo dos atos heróicos que só os aquarianos entendem, ficarem um pouco para trás.
Segure minhas mãos e braços e pés e beijos e abraços. E trato feito.
É hora de não mais olhar pra trás.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
O que é amor? ( sem tanto clichê )
Vou.
Arrastando os dedos,como quem deseja levar,nos pés um pouco de terra e deixar,no caminho,alguma marca que possa conduzir a mim. É triste,ir. Por mais tortuoso que seja o terreno,deixá-lo dói.
Somos materialistas até a alma. Sem querer e,contra as leis de Deus,nos apegamos não só aos objetos,mas também às pessoas. E,por mais desvirtuado que esteja o mundo,ainda necessitamos das relações humanas. "É impossível ser feliz sozinho".
Imagine-se em uma ilha deserta. Cheio de dinheiro,conforto,comida " à la vonté " e tudo que tem direito. Seria uma vida de poder,luxo...alegria,não? Quem disse que dinheiro não traz felicidade,certamente não passava por dificuldades financeiras.Agora,imagine que,nessa ilha e,em todo o restante do mundo não existisse mais ninguém,só você.O sentido da vida ainda existiria? Ao menos para mim,não.
É certo: "Amar ao próximo como a si mesmo" é lei divina. Mas até onde vai o amar? Até onde está o verdadeiro amor,que ama,incondicionalmente e acima de qualquer mágua e qualquer distância e,em que momento ele se desvencilha daquilo que apenas supre carência e nos dá sensação de posse?
_É meu e pronto.
O ser humano precisa possuir. Precisa sentir-se dono de algo. Nem que seja o carinho exclusivo de alguém.
Somos,essencialmente monogâmicos. Não por falta de desejo de ter muitos homens e/ou mulheres,ao mesmo tempo,porque libido,no ser humano,não falta no estoque. Mas por precisarmos ser donos e,por convenção,para sermos donos,precisamos ser propriedade.
É bonitinho,quando se é criança e a mamãe nos observa apontar para o brinquedo novo e dizer,com os peitos estufados: É meu! O grande problema é a herança egoísta que se estende aos anos seguintes.
Crescem ossos,músculos,tecido adiposo e a produção de hormônios explode em êxtase,na puberdade: é aí que mora o perigo.
Na adolescência surge a busca incessante do amor. Essa busca é árdua e dura toda a vida. Se não encontramos,estamos à procura. Se encontramos,terminamos insatisfeitos,afinal,a partir do momentio em que se conhece os defeitos de alguém,esse alguém passa a ser um incômodo. Como o ser humano procura responsabilizar pessoas pela sua felicidade e infelicidade,descartar torna-se a melhor opção. Ora,se uma roupa não me serve mais,compro outra,não? Customizar dá trabalho,Certo? Errado.Posso ser uma velha de vinte e um anos,a careta das caretas,mas,confesso: Não acredito nessa convenção.
Em uma visão espiritual,acredito que nenhuma união é por acaso. Em, "Jesus e Kardec" ,lembro-me ter lido sobre isso.É necessário que se entenda o sentido do amor.
Metaforicamente,amor é construção. Sid Ali,em " O Clone",diz isso sempre,o que me faz admirar veementemente a cultura Islâmica. Quem disse que novela não é cultura? Os orientais evitam as tentações e contróem os laços,em nome de Deus e não da satisfação do prazer pessoal,nem do desejo sexual e não destróem o sentimento nas primeiras discussões,confiando na oferta fácil do sexo,que a imprensa macifica, agressivamente.
Amar é materialismo,sim,mas da forma mais bonita que pode existir. É sensação de dependência? Um pouco. Mas uma dependência saudável. O "precisar" da simples presença e não da submissão alheia. É amar o sorriso e as lágrimas. Os defeitos e as qualidades. "Na saúde e na doença,na alegria e na tristeza,na riqueza e na pobreza." Nada mais adequado.
Por fim,amar é não querer ir embora.Por isso,caso um dia você se sinta ligado a alguém,a ponto de,na distância,os dias não terminarem,a bebida não fazer efeito,o Carnaval não causar empolgação e as letrinhas dos livros dançarem ula-ula,na véspera de uma prova,pá-pum: é amor. Amarre-se e não largue,nem sob tortura. Felizes os que têm a sorte de sentir! Amarre-se,vale ressaltar,na beleza daquilo que está sentindo. Não,necessariamente à pessoa que inspira.
Aprender a amar é uma dádiva. O melhor de tudo é que a experiência que isso causa é como andar de bicicleta,não se desaprende. Você pode,na trama da vida,encontrar diversos personagens diferentes,a cada temporada. Podem entrar e sair atores e candidarem-se diversos substitutos. Você pode perder um amor,mas nunca perderá a capacidade de amar!
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